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segunda-feira, 18 de março de 2013

Sonho Mágico - Cápitulo II


CAPÍTULO II
LUMINUS

- Hum... Já é de manhã? - Diz Leo abrindo os olhos com certa dificuldade pela claridade que estava em seu rosto.
- Ele está acordando.
- Como ele está?
- Não sei, acabou de acordar.
- Onde estou? - pergunta Leo.
- Rapaz você nos deu um susto e tanto. - Diz Lucius com um pequeno sorriso.
- Você desmaiou logo em seguida na floresta. - Diz Kavlon.
Leonardo se alegra ao rever seus amigos e logo os cumprimenta com um aperto de mão.
- Onde estamos? - pergunta ele ao olhar ao redor, estavam em um quarto muito bonito, com paredes azuladas, enfeites em ouro e cristal, uma cama enorme estava no centro do quarto onde ele estava neste momento sentado.
- Estamos em Zuram, trouxemos para cá, você estava com muita febre, mas já cessou.
- Grande Herói! A rainha Lunara está a sua espera. - diz um guarda imperial ao entrar no quarto.
- Está bem já estamos indo. - Diz Kavlon.
Então Kavlon e Lucius conduziram Leonardo até o salão principal onde a rainha o aguardava, ao chegar aos portões do salão ele repara que os portões tinham maçanetas de ouro o chão parecia mármore, ao entrar na sala várias pinturas de ancestrais da rainha estavam espalhados por toda a parede sofás e poltronas de veludo, no final da sala uma lareira acesa e um lustre de cristal estavam sobre nós, uma visão deslumbrante de um palácio de contos de fada. Ao ficarem na presença da rainha, uma linda mulher jovem com aspecto élfica, olhos de cor violeta, cabelos lisos e loiros que reluziam como raios do sol, Kavlon e Lucius logo se ajoelharam Leo olha a atitude dos dois e logo se ajoelha.
- Oh herói que bom que chegaste em segurança, estava insegura quanto ao exército de Arkanus.
- Majestade, só estou aqui agora pela bravura desses dois combatentes, que arriscaram suas vidas pelo reino.
- Estou muito grata e suas recompensas serão dadas com o tempo, mas no momento preciso de vocês para acompanharem o herói até as ruínas de Greenmond para resgatar Luminus.
- Sim majestade! - Diz Kavlon e Lucius ao mesmo tempo.
- Que os deuses os protejam... Logo será servido o almoço, comam antes de partir.
Assim o grupo se retira da presença da rainha e se dirigem o refeitório dos militares, logos eles se fartam e se preparam para sair, Lucius leva alguns suprimentos em sua mochila como cordas tochas e alimentos para eventuais problemas, enquanto Kavlon afiava suas adagas, logo Leo se sentiu meio impotente, pois não possuía nenhum tipo de armamento.
- Vocês não poderiam me arrumar uma espada ou algum tipo de arma?
- No momento não temos nenhum armamento aqui conosco, mas tome isto aqui. - Kavlon disse enquanto entregava um bastão de madeira a ele.
- Está bem. - diz Leo meio chateado com a arma que lhe deram.
- Vocês dois estão prontos? - Pergunta Lucius.
Os dois confirmam com a cabeça, e logos eles estão fora dos portões da cidade, eles es dirigem ao oeste onde após duas horas de caminhada eles chegaram ao local determinado, as ruínas de Greenmond era um castelo destruído com um ar fantasmagórico com trepadeiras pelas paredes do castelo, tinha torres altas com até vinte metros. Sua extensão era de um quilômetro por trezentos metros.
- Por que ela mandou vocês dois juntos para me trazer até aqui? - pergunta Leo com certa curiosidade, pois para ele não tinha nada de mais naquelas ruínas.
- Rei Greenmond era conhecido pelas suas proteções no castelo, várias armadilhas e passagens secretas foram descritos aos sobreviventes da ultima tentativa de resgatar Luminus. - diz Kavlon olhando fixo para o castelo.
- Quem é Luminus?
- A pergunta não é quem, e sim o quê. Luminus é uma espada rara que foi abençoada pelo extremo sacerdote da deusa Tiur antes de sua morte, seu templo foi atacado por Arkanus e matou a todos, ao ser atravessado por uma espada ele a segurou enquanto estava cravada em seu peito e a abençoou enquanto seu sangue escorria pela espada, seu corpo jamais se decompôs e a espada ainda continua cravada em seu peito, dizem que o poder da deusa emana sobre a espada, e que o herói será o escolhido para possuí-la e será o único a pode usar todo seu poder para derrotar o mal que se ergueu sobre nós. - Diz Lucius colocando a mão no ombro de Leo.
Eles seguiram pelo caminho do castelo, chegando aos portões do castelo Leo sente um calafrio e fica um pouco assustado, eles abrem o grande portão que rangera muito e seguem castelo adentro, pelos anos que se passaram o local ficou com muitas teias de aranha e poeira se espalhava por todo lugar, alguns móveis continuavam no local como retratos e pinturas de pessoas que provavelmente foram os donos daquele lugar. Seguiram por um corredor onde havia muitas armaduras montadas nas paredes, então algo desperta a atenção de Kavlon e ele logo se esgueira e faz sinal para que ficassem imóveis, ele segue um pouco mais a frente quando de repente uma das armaduras ganha vida e logo tenta atacá-lo com um machado, Kavlon se esquiva com um rolamento e logo fica em posição de combate, Lucius ao ver sai em disparada e tenta acertá-lo com seu machado porém a armadura é bastante ágil e logo defende e da um empurrão com o pé fazendo Lucius cair sentado, a armadura logo segue para acertá-lo, então Leo segue correndo em direção do inimigo, e antes dele poder acertar Lucius Leo o acerta com uma estocada com o bastão em uma fenda no pescoço da armadura, fazendo ela ficar paralisada por um tempo e logo ela se desmontou, fazendo seus pedaços caírem.
-O que era isso? Pergunta Leo olhando para os restos da armadura no chão.
- Armadilha arcana. Responde Kavlon olhando ao redor ainda desconfiado.
- Vamos seguir em frente. Fala Lucius enquanto se levantava.
Eles prosseguem pelo corredor chegando a uma porta de madeira com uma maçaneta de argola feita de aço, Leo logo se predispõe a abrir, só que é interrompido por Kavlon, que aponta para pequenas frestas nas paredes laterais.
- O que vamos fazer? Pergunta Leo olhando para os dois amigos.
Lucius abre sua mochila e de la retira a corda que trouxera, então ele amarra uma das pontas na maçaneta e toma distância junto com os outros dois, ao fazer isso ele puxa a corda fazendo com que a porta se abra, mal terminara de abrir a porta uma vários dardos são lançados de ambas paredes próximas a porta fazendo elas ficarem cravadas nas paredes opostas.
- Ótimo truque Lucius, você ta melhorando bastante. Diz Kavlon com um ar de deboche.
A porta dava acesso a uma escada que levava ao subsolo, era muito escuro e começava a ficar frio, um limo cobria as paredes do lugar e alguns insetos subiam e desciam pelas paredes e outros fugiam dos novos intrusos, Lucius então acende uma de suas tochas que ele tinha em sua mochila.
- Que lugarzinho mais medonho é esse. Diz Leo olhando para todos aqueles insetos.
- Estamos perto. Diz Kavlon quase sussurrando.
Logo eles se deparam com o fim do corredor que dava a uma porta dourada, Leo abre a porta e eles entram em uma sala grande que parecia muito com a sala que estivera com a rainha, ao observar melhor ele vê um corpo no centro da sala com uma espada cravada no peito, os três se entre olharam e deram pequenas risadas, Kavlon e Lucius fazem gesto convidando Leo a retirar a espada, ele então se aproxima do corpo e fica um pouco estático, mas logo segura no punho da espada para poder removê-la.

sábado, 16 de março de 2013

O menino e o escuro


Era uma vez um menino chamado Lucas, ele tinha pavor de escuro, pois achava que algum monstro viria a pegar-lo se não houvesse luz.Um belo dia sua mãe teve de sair e o deixou sozinho em casa, naquele momento um arrepio se sentiu por não estar mais sob a proteção da mãe, então ele corre para seu quarto, e fica debaixo dos cobertores tentando se refugiar de algo que ele nunca tinha visto.
Horas se passaram e sua mãe não havia chegado, logo um sentimento de pânico toma conta do menino, principalmente após ele ouvir um barulho estranho vindo do porão, suas mãos gelaram e seus olhos arregalaram, ele não conseguia se mexer, ao escutar mais atentamente o barulho que vinha do porão parecia mais um choro de uma criança, então ele resolve ir até la para ver.
Devagar seus passos se aproximavam mais da porta que dava acesso ao porão, e logo o som de choro já era mais alto e claro, com um gole seco ele resolve abrir a porta, e logo a escadaria se estende na sua frente. Ele então pergunta: - Tem alguém ai? - mas só o choro incessante permanecia no ar.
Ele começa a descer mais, e pergunta novamente: - Tem alguém ai? - algo no escuro se vira e olhos reluzem a pouca luz como olhos de gato, e uma voz responde: - somente eu. - logo suas pernas bambearam e ele quase cai da escadaria restante, então ele cria coragem e pergunta: - Quem é você? - E a voz responde - Eu sou o escuro, solitária por natureza, todos me temem e não tenho nenhum amigo. - e o choro volta a ecoar pela sala.
- Eu posso ser seu amigo. - diz Lucas tentando enxergar-lo na escuridão. - Mas eu não consigo enxergar você.
- Você pode me enxergar, mas o seu medo está te cegando.
Então Lucas começa a se acalmar, e logo a figura de uma criança toma forma na sala escura, e logo ele já podia enxergar-lo.
- Eu to te vendo. - diz Lucas sorrindo. - Agora podemos ser amigos.
Escuro então sorri de volta e os dois começam a brincar na escuridão rindo e se divertindo.
Algumas horas depois sua mãe retorna e escuta as risadas de seu filho, que logo vinha subindo as escadas.
- Estava fazendo o que no porão filho?
- Estava brincando com o escuro.
A mãe não entendeu nada e somente sorriu.
-Vamos já está na hora do senhor dormir.
Então ela o levou para o quarto e o colocou na cama e ajeitou tudo, antes de sair ela diz: - Vou deixar as luzes acesas.
- Não mãe pode apagar, eu não tenho mais medo do escuro.- diz ele com um sorriso na face.
Então a mãe apaga as luzes e fecha a porta do quarto, ele olha para o fundo do quarto e vê os olhos refletindo a luz do luar e um sorriso do novo amigo que conquistara, então ele pode dormir feliz.

sexta-feira, 15 de março de 2013

O Cetro de Leandorf


A muito tempo atrás existia um bruxo ganancioso, que estava em uma procura incessante de um artefato muito poderoso chamado "O Cetro de Leandorf", este artefato que foi criado por um sacerdote poderoso que o abençoou com os poderes dos deuses para que o rei reinasse com poder e sabedoria para transformar o seu reino no melhor possível.Com o passar dos tempos o rei se desviou de seu propósito inicial, transformando-o numa criatura cruel e perversa, isso fez com que ele entrasse em decadência e perdesse tudo aquilo que tinha conquistado, seus inimigos tentara tomar o cetro para si, mas todos foram aniquilados pelo poder que o rei tinha adquirido, e com a morte do rei o cetro também se perdeu pelo vasto reino.
Anos se passaram da morte do rei e o bruxo que se nomeava Nizael seguiu pistas e mais pistas sobre o paradeiro do cetro.Certo dia ele teve um pressentimento forte de que estava prestes a por as mãos no artefato, ele chegou no alto de uma montanha onde havia uma ponte sobre um rio de lava onde ele chegou a um castelo em ruínas, ele procurou nos mais obscuros lugares daquele castelo, até que ele achou uma passagem secreta que levou-o a uma câmara revestida de ouro e cristal, e no centro desta câmara estava o tão procurado cetro. Ao se aproximar ouviu uma voz ecoar pela sala onde estava.
- Não toques no cetro, ele consumira sua vida do tamanho do seu desejo de poder.
Não se importando com o sobreaviso mesmo assim ele toma o cetro para si, uma estranha energia o envolve fazendo-o contorcer de dor, e urrar como um animal, ao olhar para seu corpo, estava este a ressecar e ficar num aspecto velho, ele já sentia sua vida se esvaindo, então ele percebeu o quanto seu desejo de poder e domínio estava o matando, então em um ultimo suspiro ele diz.
- De que adianta todo o poder e glória, se não puder viver para poder contemplar?
Ao dizer isto, tudo se acalmou e seu corpo já estava normal, e logo a voz ecoou novamente.
- Ganhaste uma grande sabedoria na sua angustia e agora terás a recompensa dela, o cetro te guiará e terás a glória para contemplar, lembre-se que a ganância te mata, e que sempre a tempo para se redimir.
Então o Bruxo seguiu seu destino e manteve a paz do reino com o poder que havia conseguido.

A  vida é algo tão importante que mesmo que não seja a que escolhemos, podemos fazer torna-lá naquilo que queremos e poder olhar pra trás e nos orgulhar de nossos passos.

Os Três Reis Magos


Diz a sagrada escritura
que quando Jesus nesceu
no céu brilhante e pura
uma estrela apareceu

Estrela Dalva
brilhava mais que as outras
porém caminhava caminhava
para os lados de belém

Avistando-a os três reis magos disseram
nasceu Jesus
olharam com afago
e seguiram sua luz

E foram andando andando
dia e noite a caminhar
ia a estrela brilhando
sempre um caminho a indicar

Ora, dos três caminhantes
dois eram brancos
o sol não lhes tirginaram os semblantes
tão claros como arrebol

Era o terceiro somente
escuro de fazer dó
os outros iam na frente
ele ia afastado e só

Nascera-se negro
e tinha a cor da noite na teiz
por isso tão triste ia
era o mais feio dos três

Caminharam e um belo dia da jornada
ao fim chegou
e sobre a estribaria
a estrela brilhante parou

E os magos viram
que ao fundo do presérpio
vendo-os vir o salvador deste mundo
estava sempre a sorrir

Pararam ajoelharam-se
humildes corpos no chão
e ao Jesus pequenino beijaram
sua alva e pequenina mão

Mas Jesus os contemplavam
a todos com o mesmo amor
porque olhando-os
não olhava a diferença da cor.

O Sábio e o escorpião


Um sábio do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou.
Pela reação de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava se afogando de novo. O sábio tentou tirá-lo de novo, e novamente o animal o picou. Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:
- Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas as vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?
O sábio respondeu: “A natureza do escorpião é picar e isto não vai mudar a minha, eu posso o ajudar”. Então, com a ajuda de uma folha o sábio tirou o escorpião da água e salvou sua vida.

Formigas - Música do SNJ - para refletir


Ver o sol atrás da montanha não é fácil
perco minha vida até com uma bituca de cigarro
o que eu tenho de melhor trabalho com a força
nas costas carrego duas vezes o meu peso a folha
que vai servir de alimento
tendo sorte não serei levada pelo vento
com o tempo eu aprendo
ser um operário dentro do formigueiro.

O dia nem clareou estou no trabalho
um por todas todas por um nosso hábito
juntas retiramos um obstáculo
que estava no caminho impedindo itinerário
todo dia ando quilômetros todo dia
não me canso de ser útil ter serventia
sei que a rainha nem liga para o meu esforço
mas tenho que fazer por onde representar meu povo
a sorrir, a chorar, se cair levantar e caminhar
pois num piscar de olhos a vida vai embora
pois num piscar de olhos o corpo leva pólvora
do pedreiro, do carpinteiro, do lixeiro, do barraqueiro
do amarelo ao preto, do branco ao vermelho
todos carregam a união do formigueiro.

Em cima de uma árvore vejo a cidade
poluição, poluição mas como arte,
infectando o ar que eu respiro
começou a chover preciso de um abrigo
com a terra molhada fez sumir a trilha
tenho que tomar cuidado com a minha vida
um pisão em falso fico esmagada
vejo uma sombra estou preparada...
fui pisoteada não reclamei de nada
só queria deixar algumas palavras
ouviu, ficou triste com a história?
deixa um farelo de pão cair
que as formigas vão a forra.

caminhando assim na solidão
com peso em minhas costas ajudando meus irmãos
sigo a trilha, aos poucos vou vagando
destino formigueiro população se amontoando
é o tempo certo, a hora certa consegui comida
la vai o homem, quero dizer a formiga
o preço que se paga resultado de uma vida
no formigueiro todo mundo é igual
até o homem que te fuzila, moço...
parece coisa de doido
caminharemos todas e todos na humildade
sem alvoroço
manutenção do formigueiro através do rap trazer algo novo
uma boa para os ouvidos 
e para as formigas um pedaço de bolo
tardo mig criou antena de ouro
invadindo a cesta de pão
de algum vacilão que te causa nojo
perder a paciência quase perdi foi por pouco
aprendi com as formigas
que a união serve pra todos.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Sonho Mágico - Cápitulo I

 
I CAPÍTULO
O ENCONTRO

  Esta história conta a vida de um rapaz chamado Leonardo Silva, um jovem de 23 anos que trabalha numa empresa de desenvolvimento de jogos eletrônicos, morador de Natal no Brasil leva uma vida pacata e totalmente normal até o dia 21 de dezembro de 2012.
Ele passara o dia trabalhando, quando na volta para sua casa decide dar uma volta próximo a praia, quando ele chega ao seu ...destino, se depara com uma maravilhosa paisagem, uma porção de areia branca que escurecera ao aproximar do mar, e uma vista azul se estenderá até o horizonte, e o sol que brilhava mais no espelho azul que se formava em baixo, o cheiro de maresia acalmava qualquer vivente próximo, e os som das ondas que quebravam nas rochas eram música que faziam com que qualquer pessoa se sentisse parte do mar. Na volta ele passara por baixo de uma ponte que cortava uma praia a outra, quando ele observa na areia algo escuro porém que brilhava como se fosse uma pedra polida, era algo de grande beleza uma pedra preta oval, com um grande brilho que estava presa por uma corrente de prata, Leonardo resolveu coloca-lo no pescoço e volta para casa onde morava com sua mãe.
Ele voltou para casa por volta das 19 horas e já era noite, então ele abre a porta de casa.
- Boa noite mãe. - diz Leonardo enquanto se dirigia a cozinha para pegar um copo com água.
- Você demorou a chegar hoje, para onde o senhor foi? Diz a mãe um pouco preocupada, mas com um ar de brava.
- Fui dar uma volta pela praia para arejar a cabeça, ando trabalhando muito. Estou indo para o quarto, não precisa me esperar para jantar. - disse ele pegando um sanduiche e um refrigerante de dentro da geladeira.
Chegando ao quarto ele liga o computador, e se senta onde começa a devorar o sanduiche que trouxera e observa o objeto que achara naquela manhã, então ele começa a dar uma vasculhada nos jogos online que ele joga para desenvolver seu trabalho, quando se depara com uma mensagem em um dos seus jogos que lhe chamou a atenção, dizia neste. - “Precisamos de você agora, nosso rei adoeceu por magia de Arkanus, proteja-nos grande guerreiro, mandamos a você nosso símbolo de força e reconhecimento. item anexo (colar dos heróis)" - ao observar melhor o item que receberá no jogo logo se espanta e quase se engasga com o sanduiche, pois era idêntico ao que achara na praia. - como existe gente viciada neste mundo, pois fizeram até um colar igual ao do jogo - pensou ele com um sorriso de deboche. Logo ele desligou o computador e terminou o seu lanche, então decide dormir e deixa o colar em cima da bancada de seu computador.

- Ei! Acorde! Acorde... Até que enfim você acordou, pensei que estava morto.
- Ai minha cabeça, está doendo, mas quem é v... ahhhhhhh! Grita Leonardo ao olhar para uma criatura de mais ou menos um metro e vinte com pernas de bode corpo de homem cheio de pelos com um par de chifres partindo da testa em direção ao chão em forma de arco e que usava uma capa vermelha que cobria todo seu pescoço e se estendia até seus cascos.
- Olá meu nome é Kavlon de Zotar, vi quando você caiu você apareceu do nada, você é algum tipo de feiticeiro?
- Onde estou? Que lugar é esse?
- Você está na estrada para Morian a cidade dos comerciantes.
- Que diabos está acontecendo? Será um sonho? - diz Leonardo ao observar que estava com roupas estranhas, com uma armadura leve azul, e uma capa laranja.
Ao se levantar Leonardo não percebe, porém algo fica pendurado em seu pescoço, é o colar que achara antes, ao olhar para ele Kavlon logo se ajoelha e fica um pouco surpreso.
- Grande Herói não sabia que eras tu, perdoe-me por não o reconhecer.
- Do quê estais falando?... Eu não sou nenhum grande herói.
- Mas você está com o artefato dos Heróis. - Diz Kavlon apontando para o colar que estava no pescoço de Leonardo
- Esse colar? Não, deve estar tendo algum tipo de engano, isso é só um sonho, e logo vou acordar.
- Irei escolta-lo até Morian, de lá consigo alguém para levá-lo até a rainha de Zuram, ela está a sua espera há tempos.
- Não preciso de escolta, estou muito bem sozinho nesse meu sonho, o que poderia me acontecer?
Quase não terminara de falar e um som de carruagens se aproximando ecoou pela curva por onde eles estavam.
- Droga! Se esconda naquela moita e não saia, rápido!
Leonardo logo se dirigiu para a moita em que Kavlon apontará e ficou quieto, logo as carruagens se aproximaram.
- O que faz por essas terras zotariano? Não sabes que estão proibidos os tráfegos de não comerciantes pelas estradas do reino?
- Só estou indo até Morian para comprar alimento para meu vilarejo, pois estamos em épocas difíceis, mas isto está para mudar.
- O que quer dizer com isso? Sabes algo sobre o Herói? - diz um dos guardas segurando Kavlon pelo pescoço e erguendo-o deixando sem ar.
- Não... Só disse, pois acredito que as chuvas logo virão... Argh! Fica engasgado Kavlon ao ser jogado pelo guarda ao chão.
- Lembre-se que quem ficar contra Arkanus, morrerá cedo ou tarde... Vamos rapazes não temos mais nada o que fazer aqui com esse verme.
Então lá se foi à carruagem desaparecendo no horizonte, quando não se tinha mais a vista Leonardo saiu de seu esconderijo e se aproximou de Kavlon para verificar como ele estava.
- Quem são eles?
- Guardas do exército de Arkanus, que estão a sua procura.
- Minha? Diz Leo com uma expressão de extrema surpresa. - Mas o que foi que eu fiz para eles estarem atrás de mim?
- Há um ano saiu uma profecia que um grande herói apareceria durante esta época, e que ele viria do externo, que ele derrotaria o mal que teria se erguido contra todos e que ele retomaria a paz do reino, está notícia chegou aos ouvidos de Arkanus, um bruxo poderoso e bondoso que era conselheiro do rei, mas algo aconteceu e ele usou sua magia contra o próprio rei e tomou o poder para si, desde então as coisas tem sido diferente, ao ouvir sobre a profecia ele se enfureceu e proibiu os tráfegos de pessoas pelas estradas de ligação entre as cidades para poder por as mãos em você.
- Acho que vou aceitar sua oferta de me escoltar. - Disse ele sorrindo para o novo companheiro que encontrara.
Ao chegarem a Morian Leonardo fica admirada ao ver a cidade, ela tinha muitas estátuas de guerreiros espalhados pelo centro da cidade e varias tendas e carroças passando freneticamente com vários tipos de mercadorias, o seres que tinha nesta cidade era de uma enorme variedade, desde pequenos gnomos até criaturas com ate 2 metros e meio de altura, alguns semelhante a animais, outros totalmente deformados e alguns com aspectos humanos.
- Preciso te levar até Lucius ele poderá nos ajudar. Diz Kavlon olhando para uma tenda específica.
Chegando à tenda... - Olá meu velho amigo.
- Kavlon é você mesmo? Diz um anão barbudo apertando os olhos para enxergar melhor e com uma voz rouca parecendo trovão.
- Este é Lucius? Diz Leonardo com um tom de deboche.
- Ele é o ferreiro mais conhecido aqui de Morian, mas também é um excelente combatente.
- Ele exagera um pouco rapaz. Mas diga o que traz você aqui.
Kavlon começa a cochichar numa língua da qual Leonardo não entenderá nada, mas que causa grande espanto a Lucius, onde esse logo entra na parte de trás da sua tenda e logo sai com uma espécie de mochila em suas costas um machado duplo na cintura, e um cinto com 2 adagas acopladas que entrega a Kavlon.
- Temos que sair imediatamente antes que algo saia do controle. Tarum cuide da loja até minha volta. Diz Lucius para o seu ajudante que estava na parte de trás da tenda.
-Vamos para onde? Pergunta Leonardo
- Zuram, precisamos levá-lo para a rainha... Ah! Já ia me esquecendo, este colar que está usando melhor escondê-lo, pois tem muita gente de Arkanus rondando pela cidade e pelas rotas entre as cidades, e se eles te reconhecerem, pode ter certeza que teremos problemas.
- Estamos prontos Lucius, vamos?
- Vamos.
Eles se dirigiram para a saída da cidade e logo percebem que ela está sendo vigiada por dois guardas de Arkanus.
- O que faremos? Pergunta Leonardo.
- Vamos ter que nos livrar deles.
-Como?
- Kavlon é com você.
Os guardas se encontravam no alto do muro que cercava a cidade, a distância entre os dois era de cinco metros aproximadamente e a altura do muro era de uns sete metros,... Kavlon se esgueira até ficar encostado no muro, mas embaixo de um dos guardas, com um salto gigantesco que suas pernas de bode lhe proporcionaram ele alcança o primeiro guarda, e com grande agilidade puxa uma de suas adagas que Lucius lhe dera e corta o pescoço do primeiro guarda, ao escutar o grunhido engasgado do primeiro guarda o segundo se vira, com um impulso Kavlon se joga até o guarda e estoca-lhe com a adaga direita inversa no estômago do guarda e logo em seguida saca a outra adaga, faz um giro pela lateral do guarda estocando a outra adaga em sua nuca sem dar chance do guarda alertar os mais próximos.
-Vamos me ajudem a escondê-los. Diz Kavlon olhando para Leonardo que ficara espantado com tamanha agilidade e precisão dos golpes do pequeno Kavlon.
Então eles removem os corpos e escondem com folhas para não serem vistos.
- Temos que chegar o quanto antes em Zuram, acho que teremos de atravessar a floresta do silêncio. - Diz Lucius com sua voz apavorante.
- Devemos arriscar? Sabes que podemos encontrar Lanhurs por lá?
- Lanhurs? O que são? Pergunta Leonardo com certo temor.
- Lanhurs são criaturas vorazes que podem te estraçalhar em segundos. - diz Lucius fazendo gesto com as mãos como se fossem garras e mostrando os dentes. - Porém não temos tempo a perder e devemos arriscar.
Logo eles adentram a floresta, onde quanto mais eles caminhavam mas a floresta ficava densa e escura, logo um sentimento de medo invadiu a mente deles e por um instante eles ficam parados temendo que algo esteja os seguindo.
-Vocês ouviram? - Diz Lucius olhando para os lados.
- Não, o quê foi? - diz Kavlon também olhando ao redor.
- Arrrrrrghhhhhhhh! Grita Leonardo ao ser surpreendido por um monstro semelhante a um gorila, porém este possuía garras enormes e sua cabeça era oval, não possuía nariz nem orelhas, e seus olhos eram laterais parecidos com os de camaleão, este acertou Leo com uma investida, e ao Leonardo cair esse se pusera sobre ele, e solta um grande rugido no rosto de Leonardo onde ele pudera ver todos seus dentes afiados.
- Aqui seu animal idiota! Grita Kavlon ao acertar o monstro com uma pedra na cabeça.
Logo o Lanhur desvia sua atenção para aquele que ousou atacar-lhe e solta outro rugido, então ele sai em disparada de modo quadrúpede em direção a Kavlon que estava a uns trinta metros dele, Kavlon logo começa a correr floresta adentro e procura um modo de despistá-lo enquanto Lucius logo corre em direção a Leo e verifica como ele está.
- Pode se levantar?
- Acho que sim.
-Então vamos rápido, Kavlon precisa de nossa ajuda.
Ao se levantar Leonardo percebe que o monstro o acertou com suas garras em seu braço e está sangrando bastante.
-Droga ele te acertou, isso é muito ruim.
-Por quê?
- eles liberam uma toxina que te colocará em febre logo, venha me deixe enfaixar seu braço.
Lucius pega uma tira de pano limpo de sua mochila e faz uma rápida atadura no braço de Leo. Enquanto isso Kavlon acha uma passagem estreita entre algumas árvores onde ele conseguiria passar com facilidade devido ao seu tamanho, ele chega a esta passagem por centímetros do Lanhur lhe alcançar, então o lanhur fica preso entre as árvores e alguns cipós prenderam seus movimentos.
- Háhá! Seu otário achou mesmo que podia pegar Kavlon? Pois se enganou.
- Você o pegou? - pergunta Lucius com uma expressão de espanto.
- Pois é, o que vamos fazer com ele?
- Vamos mata-lo! Diz Lucius retirando seu machado da cintura e erguendo para golpear o monstro quando...
- Não faça isso! Exclama Leonardo vindo segurando o braço ferido e se aproximando de Lucius.
- Ora por que não farei isso?
- Não devemos matar esta criatura, é ela quem protege esta floresta de intrusos e pode ser que nos proteja de sermos seguidos por guardas que tentarem vasculhar a floresta a nossa procura. - Diz Leonardo pegando o machado de Lucius e se aproximando da criatura que ao se aproximar faz um grunhido tentando se soltar dos cipós, Leo o acaricia na altura do abdômen, ergue o machado e corta os cipós que prendiam o Lanhur, este ao ser liberto sai correndo, ao se distanciar uns cinquenta metros, para, olha para traz, depois continua a correr floresta a dentro até desaparecer da vista do grupo.
- Você foi muito imprudente, ele podia ter nos atacado novamente. - Diz Kavlon.
- Afinal das contas, por que você o soltou?
- Não sei, vi nos olhos dele que ele só estava protegendo algo nesta floresta, ele é um guardião.
- Você realmente deve ser o herói do reino. Diz Kavlon rindo da situação.
- Pessoal eu não estou me sentindo bem... Acho que vou d....
Então a vista de Leo se escurecerá. Logo em seguida ele acorda assustado, e estava em seu quarto, tudo parece calmo, então ele escuta sua mãe no outro cômodo da casa.
- Vamos Leo o café está pronto, venha.
Leonardo ao se levantar sente uma grande fraqueza e cai desmaiado, no mesmo momento em que sua mãe estava entrando em seu quarto e vê o que acontecerá. Logo ele se acorda e vê alguém conversando com sua mãe e saindo logo em seguida.
- O que aconteceu?
- Você desmaiou e estava queimando em febre, o doutor Lopes veio aqui e te examinou para ver o que você tinha, ele disse que você estava com febre por causa desse ferimento que você não me contou, ela infeccionou por isso você ficou fraco e febril.
- Já estou me sentindo melhor, que horas são?
- Seis da noite.
- O quê!? Não acredito que passei o tempo todo dormindo.
- Você ficou desacordado esse tempo todo.
- Acho que vou comer algo, estou precisando me alimentar.
- Vou preparar sua janta.
Então a mãe de Leo sai do quarto para ir preparar a janta, Leo, no entanto permanece no quarto se perguntando se isso era somente um sonho, - Mas como poderia ser um sonho, com essa ferida enorme em meu braço? Será que eu teria sido atacado por algum animal e tudo o que passei até agora foi um delírio? Ah... Vou acessar um pouco no meu PC.
Leonardo começa a acessar seu computador e faz pesquisas referentes ao item que pudera ser a chave desse mistério, passando de sites em sites ele vê algo curioso, na página do jogo que ele recebera o item semelhante, o site especificava o item da seguinte forma.
“Colar dos Heróis - Item raro concedido a um grande guerreiro, seu efeito é desconhecido, alguns povos antigos diziam que ele concedia o poder dos deuses ao portador e que concedia desejos."
´ Isto chamou a atenção de Leo que por alguns instantes ficou parado olhando para o colar que achara e fica tentando achar uma lógica para tudo aquilo.
- O jantar está pronto Leo, venha comer.
- Está bem, estou indo.
Ao terminar o jantar Leonardo volta para o seu quarto, seu celular começa a tocar, logo ele atende.
- Alô?
- Leo é você?
- Sou eu sim, quem está falando?
- é Lucas do seu trabalho, o pessoal ficou meio preocupado porque você nunca falta o trabalho e nem deu notícias.
- A sim, é porque estive com muita febre esta manhã e fiquei desacordado por um tempo.
- Vixe cara, que barra, eu aviso o pessoal que você está doente, qualquer coisa pode me ligar o número é esse mesmo.
- Beleza, qualquer coisa ligo mesmo.
- Então tchau!
- Tchau!
Leonardo vai para a cozinha onde sua mãe tinha preparado o jantar, uma mesa farta estava a sua espera com macarronada, frango assado, refrigerante e um pavê de chocolate na sobremesa, Leo não perde tempo e começa a devorar logo a comida, pois sentia muita fome pelo tempo em que ficara de jejum. Terminara o jantar ele volta ao seu quarto, satisfeito ele deita em sua cama e fica olhando para o colar, logo o sono chegou e ele dormiu.
 
Continua...