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quinta-feira, 14 de março de 2013

Sonho Mágico - Cápitulo I

 
I CAPÍTULO
O ENCONTRO

  Esta história conta a vida de um rapaz chamado Leonardo Silva, um jovem de 23 anos que trabalha numa empresa de desenvolvimento de jogos eletrônicos, morador de Natal no Brasil leva uma vida pacata e totalmente normal até o dia 21 de dezembro de 2012.
Ele passara o dia trabalhando, quando na volta para sua casa decide dar uma volta próximo a praia, quando ele chega ao seu ...destino, se depara com uma maravilhosa paisagem, uma porção de areia branca que escurecera ao aproximar do mar, e uma vista azul se estenderá até o horizonte, e o sol que brilhava mais no espelho azul que se formava em baixo, o cheiro de maresia acalmava qualquer vivente próximo, e os som das ondas que quebravam nas rochas eram música que faziam com que qualquer pessoa se sentisse parte do mar. Na volta ele passara por baixo de uma ponte que cortava uma praia a outra, quando ele observa na areia algo escuro porém que brilhava como se fosse uma pedra polida, era algo de grande beleza uma pedra preta oval, com um grande brilho que estava presa por uma corrente de prata, Leonardo resolveu coloca-lo no pescoço e volta para casa onde morava com sua mãe.
Ele voltou para casa por volta das 19 horas e já era noite, então ele abre a porta de casa.
- Boa noite mãe. - diz Leonardo enquanto se dirigia a cozinha para pegar um copo com água.
- Você demorou a chegar hoje, para onde o senhor foi? Diz a mãe um pouco preocupada, mas com um ar de brava.
- Fui dar uma volta pela praia para arejar a cabeça, ando trabalhando muito. Estou indo para o quarto, não precisa me esperar para jantar. - disse ele pegando um sanduiche e um refrigerante de dentro da geladeira.
Chegando ao quarto ele liga o computador, e se senta onde começa a devorar o sanduiche que trouxera e observa o objeto que achara naquela manhã, então ele começa a dar uma vasculhada nos jogos online que ele joga para desenvolver seu trabalho, quando se depara com uma mensagem em um dos seus jogos que lhe chamou a atenção, dizia neste. - “Precisamos de você agora, nosso rei adoeceu por magia de Arkanus, proteja-nos grande guerreiro, mandamos a você nosso símbolo de força e reconhecimento. item anexo (colar dos heróis)" - ao observar melhor o item que receberá no jogo logo se espanta e quase se engasga com o sanduiche, pois era idêntico ao que achara na praia. - como existe gente viciada neste mundo, pois fizeram até um colar igual ao do jogo - pensou ele com um sorriso de deboche. Logo ele desligou o computador e terminou o seu lanche, então decide dormir e deixa o colar em cima da bancada de seu computador.

- Ei! Acorde! Acorde... Até que enfim você acordou, pensei que estava morto.
- Ai minha cabeça, está doendo, mas quem é v... ahhhhhhh! Grita Leonardo ao olhar para uma criatura de mais ou menos um metro e vinte com pernas de bode corpo de homem cheio de pelos com um par de chifres partindo da testa em direção ao chão em forma de arco e que usava uma capa vermelha que cobria todo seu pescoço e se estendia até seus cascos.
- Olá meu nome é Kavlon de Zotar, vi quando você caiu você apareceu do nada, você é algum tipo de feiticeiro?
- Onde estou? Que lugar é esse?
- Você está na estrada para Morian a cidade dos comerciantes.
- Que diabos está acontecendo? Será um sonho? - diz Leonardo ao observar que estava com roupas estranhas, com uma armadura leve azul, e uma capa laranja.
Ao se levantar Leonardo não percebe, porém algo fica pendurado em seu pescoço, é o colar que achara antes, ao olhar para ele Kavlon logo se ajoelha e fica um pouco surpreso.
- Grande Herói não sabia que eras tu, perdoe-me por não o reconhecer.
- Do quê estais falando?... Eu não sou nenhum grande herói.
- Mas você está com o artefato dos Heróis. - Diz Kavlon apontando para o colar que estava no pescoço de Leonardo
- Esse colar? Não, deve estar tendo algum tipo de engano, isso é só um sonho, e logo vou acordar.
- Irei escolta-lo até Morian, de lá consigo alguém para levá-lo até a rainha de Zuram, ela está a sua espera há tempos.
- Não preciso de escolta, estou muito bem sozinho nesse meu sonho, o que poderia me acontecer?
Quase não terminara de falar e um som de carruagens se aproximando ecoou pela curva por onde eles estavam.
- Droga! Se esconda naquela moita e não saia, rápido!
Leonardo logo se dirigiu para a moita em que Kavlon apontará e ficou quieto, logo as carruagens se aproximaram.
- O que faz por essas terras zotariano? Não sabes que estão proibidos os tráfegos de não comerciantes pelas estradas do reino?
- Só estou indo até Morian para comprar alimento para meu vilarejo, pois estamos em épocas difíceis, mas isto está para mudar.
- O que quer dizer com isso? Sabes algo sobre o Herói? - diz um dos guardas segurando Kavlon pelo pescoço e erguendo-o deixando sem ar.
- Não... Só disse, pois acredito que as chuvas logo virão... Argh! Fica engasgado Kavlon ao ser jogado pelo guarda ao chão.
- Lembre-se que quem ficar contra Arkanus, morrerá cedo ou tarde... Vamos rapazes não temos mais nada o que fazer aqui com esse verme.
Então lá se foi à carruagem desaparecendo no horizonte, quando não se tinha mais a vista Leonardo saiu de seu esconderijo e se aproximou de Kavlon para verificar como ele estava.
- Quem são eles?
- Guardas do exército de Arkanus, que estão a sua procura.
- Minha? Diz Leo com uma expressão de extrema surpresa. - Mas o que foi que eu fiz para eles estarem atrás de mim?
- Há um ano saiu uma profecia que um grande herói apareceria durante esta época, e que ele viria do externo, que ele derrotaria o mal que teria se erguido contra todos e que ele retomaria a paz do reino, está notícia chegou aos ouvidos de Arkanus, um bruxo poderoso e bondoso que era conselheiro do rei, mas algo aconteceu e ele usou sua magia contra o próprio rei e tomou o poder para si, desde então as coisas tem sido diferente, ao ouvir sobre a profecia ele se enfureceu e proibiu os tráfegos de pessoas pelas estradas de ligação entre as cidades para poder por as mãos em você.
- Acho que vou aceitar sua oferta de me escoltar. - Disse ele sorrindo para o novo companheiro que encontrara.
Ao chegarem a Morian Leonardo fica admirada ao ver a cidade, ela tinha muitas estátuas de guerreiros espalhados pelo centro da cidade e varias tendas e carroças passando freneticamente com vários tipos de mercadorias, o seres que tinha nesta cidade era de uma enorme variedade, desde pequenos gnomos até criaturas com ate 2 metros e meio de altura, alguns semelhante a animais, outros totalmente deformados e alguns com aspectos humanos.
- Preciso te levar até Lucius ele poderá nos ajudar. Diz Kavlon olhando para uma tenda específica.
Chegando à tenda... - Olá meu velho amigo.
- Kavlon é você mesmo? Diz um anão barbudo apertando os olhos para enxergar melhor e com uma voz rouca parecendo trovão.
- Este é Lucius? Diz Leonardo com um tom de deboche.
- Ele é o ferreiro mais conhecido aqui de Morian, mas também é um excelente combatente.
- Ele exagera um pouco rapaz. Mas diga o que traz você aqui.
Kavlon começa a cochichar numa língua da qual Leonardo não entenderá nada, mas que causa grande espanto a Lucius, onde esse logo entra na parte de trás da sua tenda e logo sai com uma espécie de mochila em suas costas um machado duplo na cintura, e um cinto com 2 adagas acopladas que entrega a Kavlon.
- Temos que sair imediatamente antes que algo saia do controle. Tarum cuide da loja até minha volta. Diz Lucius para o seu ajudante que estava na parte de trás da tenda.
-Vamos para onde? Pergunta Leonardo
- Zuram, precisamos levá-lo para a rainha... Ah! Já ia me esquecendo, este colar que está usando melhor escondê-lo, pois tem muita gente de Arkanus rondando pela cidade e pelas rotas entre as cidades, e se eles te reconhecerem, pode ter certeza que teremos problemas.
- Estamos prontos Lucius, vamos?
- Vamos.
Eles se dirigiram para a saída da cidade e logo percebem que ela está sendo vigiada por dois guardas de Arkanus.
- O que faremos? Pergunta Leonardo.
- Vamos ter que nos livrar deles.
-Como?
- Kavlon é com você.
Os guardas se encontravam no alto do muro que cercava a cidade, a distância entre os dois era de cinco metros aproximadamente e a altura do muro era de uns sete metros,... Kavlon se esgueira até ficar encostado no muro, mas embaixo de um dos guardas, com um salto gigantesco que suas pernas de bode lhe proporcionaram ele alcança o primeiro guarda, e com grande agilidade puxa uma de suas adagas que Lucius lhe dera e corta o pescoço do primeiro guarda, ao escutar o grunhido engasgado do primeiro guarda o segundo se vira, com um impulso Kavlon se joga até o guarda e estoca-lhe com a adaga direita inversa no estômago do guarda e logo em seguida saca a outra adaga, faz um giro pela lateral do guarda estocando a outra adaga em sua nuca sem dar chance do guarda alertar os mais próximos.
-Vamos me ajudem a escondê-los. Diz Kavlon olhando para Leonardo que ficara espantado com tamanha agilidade e precisão dos golpes do pequeno Kavlon.
Então eles removem os corpos e escondem com folhas para não serem vistos.
- Temos que chegar o quanto antes em Zuram, acho que teremos de atravessar a floresta do silêncio. - Diz Lucius com sua voz apavorante.
- Devemos arriscar? Sabes que podemos encontrar Lanhurs por lá?
- Lanhurs? O que são? Pergunta Leonardo com certo temor.
- Lanhurs são criaturas vorazes que podem te estraçalhar em segundos. - diz Lucius fazendo gesto com as mãos como se fossem garras e mostrando os dentes. - Porém não temos tempo a perder e devemos arriscar.
Logo eles adentram a floresta, onde quanto mais eles caminhavam mas a floresta ficava densa e escura, logo um sentimento de medo invadiu a mente deles e por um instante eles ficam parados temendo que algo esteja os seguindo.
-Vocês ouviram? - Diz Lucius olhando para os lados.
- Não, o quê foi? - diz Kavlon também olhando ao redor.
- Arrrrrrghhhhhhhh! Grita Leonardo ao ser surpreendido por um monstro semelhante a um gorila, porém este possuía garras enormes e sua cabeça era oval, não possuía nariz nem orelhas, e seus olhos eram laterais parecidos com os de camaleão, este acertou Leo com uma investida, e ao Leonardo cair esse se pusera sobre ele, e solta um grande rugido no rosto de Leonardo onde ele pudera ver todos seus dentes afiados.
- Aqui seu animal idiota! Grita Kavlon ao acertar o monstro com uma pedra na cabeça.
Logo o Lanhur desvia sua atenção para aquele que ousou atacar-lhe e solta outro rugido, então ele sai em disparada de modo quadrúpede em direção a Kavlon que estava a uns trinta metros dele, Kavlon logo começa a correr floresta adentro e procura um modo de despistá-lo enquanto Lucius logo corre em direção a Leo e verifica como ele está.
- Pode se levantar?
- Acho que sim.
-Então vamos rápido, Kavlon precisa de nossa ajuda.
Ao se levantar Leonardo percebe que o monstro o acertou com suas garras em seu braço e está sangrando bastante.
-Droga ele te acertou, isso é muito ruim.
-Por quê?
- eles liberam uma toxina que te colocará em febre logo, venha me deixe enfaixar seu braço.
Lucius pega uma tira de pano limpo de sua mochila e faz uma rápida atadura no braço de Leo. Enquanto isso Kavlon acha uma passagem estreita entre algumas árvores onde ele conseguiria passar com facilidade devido ao seu tamanho, ele chega a esta passagem por centímetros do Lanhur lhe alcançar, então o lanhur fica preso entre as árvores e alguns cipós prenderam seus movimentos.
- Háhá! Seu otário achou mesmo que podia pegar Kavlon? Pois se enganou.
- Você o pegou? - pergunta Lucius com uma expressão de espanto.
- Pois é, o que vamos fazer com ele?
- Vamos mata-lo! Diz Lucius retirando seu machado da cintura e erguendo para golpear o monstro quando...
- Não faça isso! Exclama Leonardo vindo segurando o braço ferido e se aproximando de Lucius.
- Ora por que não farei isso?
- Não devemos matar esta criatura, é ela quem protege esta floresta de intrusos e pode ser que nos proteja de sermos seguidos por guardas que tentarem vasculhar a floresta a nossa procura. - Diz Leonardo pegando o machado de Lucius e se aproximando da criatura que ao se aproximar faz um grunhido tentando se soltar dos cipós, Leo o acaricia na altura do abdômen, ergue o machado e corta os cipós que prendiam o Lanhur, este ao ser liberto sai correndo, ao se distanciar uns cinquenta metros, para, olha para traz, depois continua a correr floresta a dentro até desaparecer da vista do grupo.
- Você foi muito imprudente, ele podia ter nos atacado novamente. - Diz Kavlon.
- Afinal das contas, por que você o soltou?
- Não sei, vi nos olhos dele que ele só estava protegendo algo nesta floresta, ele é um guardião.
- Você realmente deve ser o herói do reino. Diz Kavlon rindo da situação.
- Pessoal eu não estou me sentindo bem... Acho que vou d....
Então a vista de Leo se escurecerá. Logo em seguida ele acorda assustado, e estava em seu quarto, tudo parece calmo, então ele escuta sua mãe no outro cômodo da casa.
- Vamos Leo o café está pronto, venha.
Leonardo ao se levantar sente uma grande fraqueza e cai desmaiado, no mesmo momento em que sua mãe estava entrando em seu quarto e vê o que acontecerá. Logo ele se acorda e vê alguém conversando com sua mãe e saindo logo em seguida.
- O que aconteceu?
- Você desmaiou e estava queimando em febre, o doutor Lopes veio aqui e te examinou para ver o que você tinha, ele disse que você estava com febre por causa desse ferimento que você não me contou, ela infeccionou por isso você ficou fraco e febril.
- Já estou me sentindo melhor, que horas são?
- Seis da noite.
- O quê!? Não acredito que passei o tempo todo dormindo.
- Você ficou desacordado esse tempo todo.
- Acho que vou comer algo, estou precisando me alimentar.
- Vou preparar sua janta.
Então a mãe de Leo sai do quarto para ir preparar a janta, Leo, no entanto permanece no quarto se perguntando se isso era somente um sonho, - Mas como poderia ser um sonho, com essa ferida enorme em meu braço? Será que eu teria sido atacado por algum animal e tudo o que passei até agora foi um delírio? Ah... Vou acessar um pouco no meu PC.
Leonardo começa a acessar seu computador e faz pesquisas referentes ao item que pudera ser a chave desse mistério, passando de sites em sites ele vê algo curioso, na página do jogo que ele recebera o item semelhante, o site especificava o item da seguinte forma.
“Colar dos Heróis - Item raro concedido a um grande guerreiro, seu efeito é desconhecido, alguns povos antigos diziam que ele concedia o poder dos deuses ao portador e que concedia desejos."
´ Isto chamou a atenção de Leo que por alguns instantes ficou parado olhando para o colar que achara e fica tentando achar uma lógica para tudo aquilo.
- O jantar está pronto Leo, venha comer.
- Está bem, estou indo.
Ao terminar o jantar Leonardo volta para o seu quarto, seu celular começa a tocar, logo ele atende.
- Alô?
- Leo é você?
- Sou eu sim, quem está falando?
- é Lucas do seu trabalho, o pessoal ficou meio preocupado porque você nunca falta o trabalho e nem deu notícias.
- A sim, é porque estive com muita febre esta manhã e fiquei desacordado por um tempo.
- Vixe cara, que barra, eu aviso o pessoal que você está doente, qualquer coisa pode me ligar o número é esse mesmo.
- Beleza, qualquer coisa ligo mesmo.
- Então tchau!
- Tchau!
Leonardo vai para a cozinha onde sua mãe tinha preparado o jantar, uma mesa farta estava a sua espera com macarronada, frango assado, refrigerante e um pavê de chocolate na sobremesa, Leo não perde tempo e começa a devorar logo a comida, pois sentia muita fome pelo tempo em que ficara de jejum. Terminara o jantar ele volta ao seu quarto, satisfeito ele deita em sua cama e fica olhando para o colar, logo o sono chegou e ele dormiu.
 
Continua...

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